Responsabilidade Social é essencial para estratégia de negócios
Empresas precisam se readequar as novas tendências mundiais sobre a responsabilidade social. Compromisso com o bem-estar social e o meio-ambiente são pontos cruciais na conversão de clientes. saiba mais;
A cada nova semana vão surgindo pontos de mudança em diversos conceitos no mercado internacional. Nos últimos 20 anos, o assunto em torno do meio-ambiente ganhou status de prioridade por aspectos que vão desde os critérios econômicos até o convívio social.
Para o mercado, a preocupação com o meio-ambiente e o impacto social atravessou o conceito de sustentabilidade, e o transformou em um tema que vai além das questões ambientais.
A sigla ESG, que traduzida para a Língua Portuguesa significa Governança ambiental, social e corporativa, se tornou um dos pilares centrais de qualquer empresa que busca relevância em sua segmentação.
E o que impulsiona essas discussões e mudanças reais de postura corporativa é o próprio consumidor. Quem compra, no geral, tem reavaliado questões como consumo desenfreado e posicionamento de marcas que não condizem mais com a realidade.
“É importante que empresas comuniquem isto de forma clara e transparente, com ações de fato implementadas, sem falas ideológicas ou propagandas pontuais, mas com foco na governança e resultados efetivos para o negócio e para sociedade”, explica o analista em Competitividade do Sebrae Nacional, Ludovico Welmann.
ESG NA PRÁTICA
Muito além do que uma implementação estratégia, as políticas de ESG podem trazer resultados corporativos impressionantes, quando bem adaptados.
A melhoria de produtividade, a mitigação de impactos ambientais e a busca por certificações (IGs, Selos, Inspeção, Legalização), inovação nos processos de gestão, amplificação dos canais de venda, redução de custos e desperdícios, diversificação de renda e receitas, design e melhoria de produtos e embalagens e acesso ao crédito responsável são alguns dos destaques.
“Esses exemplos são ações efetivas e devem fazer parte do planejamento estratégico dos negócios”, explica Ludovico.
Confira quatro benefícios claros que uma empresa ganha ao adotar uma postura mais sustentável:
- Agregar valor
Para se manter no mercado, é preciso construir uma boa imagem e ser sustentável pode ser um dos fatores valorizados na situação atual.
Por isso, iniciativas reais e efetivas ajudam as empresas a se tornarem mais conhecidas para consumidores que estão familiarizados com uma seleção de marcas que ofereça mais do que simples produtos e sejam totalmente transparentes em relação aos processos de produção.
Entregar algo além do que planeja vender é o caminho mais certeiro para esse tópico. A experiência do cliente é vista como muito positivo e é construída através de ‘parcerias’ e não mais entre ‘cliente-vendedor’.
- Profissionais muito mais motivados
Pessoas que sentem que fazem parte de algo de valor e que possuem atividades diárias e entrelaçadas com grandes mudanças na sociedade trabalham melhor.
Esse impacto na produtividade e no relacionamento com o público e outros setores pode ser mensurado através de campanhas internas e estratégicas.
- Processos eficientes e, consequentemente, redução de custos
Muitas vezes, é difícil se dar conta de que hábitos simples são prejudiciais e ações corriqueiras como imprimir muito papel e não apagar as luzes podem atrapalhar, e muito, os planos sustentáveis de uma empresa. São essas pequenas ações que, se reavaliadas, podem trazer um grande impacto para a marca e o meio ambiente.
Por isso, algumas reduções e mudanças precisam ser feitas para melhorar o uso de recursos naturais e produtivos.
- Novas gerações conquistadas
Existem vários fatores que estão mudando a forma como as pessoas interagem com as marcas. A Geração Z e a Geração Y estão mais preocupadas com a sustentabilidade do que suas antecessoras.
Eles agora esperam que as empresas façam mais pela sociedade e levam isso em consideração ao escolher os produtos para comprar. Mais adequação com os novos públicos, mais vendas.
Por fim, independentemente do porte, perfil ou segmento, essa adequação cultural e estrutural vem do mercado. Uns mais rápidos, outros mais lentos.
Esse texto foi construído a partir de uma reportagem da revista Exame. Esse conteúdo e outros estão disponíveis no Blog do Grupo Insigne, faça parte de nossa Lista de Transmissão e não perca nenhum tema do mercado financeiro brasileiro.