Holding cresce como modelo de gestão de negócios estratégicos
Conheça os modelos de gestão de negócios que mais crescem atualmente.
Milhares de brasileiros sonham em ter seu próprio negócio, mas ainda restam dúvidas sobre a configuração, formalização e a abertura do CNPJ.
É preciso decidir a melhor opção entre os tipos societários, portes e regimes tributários que a sua futura empresa pode se encaixar.
Um dos modelos que mais crescem atualmente no Brasil são as chamadas ‘holding’. A expressão vem do verbo em inglês ‘to hold’, que em sua tradução livre significa segurar.
Seu principal objetivo é administrar uma ou mais empresas. Por ser a sócia majoritária dos negócios, pertence a empresa principal a tomada de decisões que impactam a gestão de outras companhias.
Com isso, possui o nome de holding empresarial, além de poder gerir mais de uma companhia, a sociedade holding pode administrar até empresas de diferentes áreas.
Apesar de poder gerir mais de uma empresa de setores diversos, uma holding costuma manter um padrão gerencial em sua atuação. Esse aspecto facilita na identificação do mercado de como um grupo de empresas atua.
Esse modelo de gestão busca representar todas as empresas do seu portfólio. Mesmo que algumas tenham participação mais destacada do que as outras, impactando também os seus resultados.
Um exemplo de grande visibilidade é a Itaúsa, que atua controlando outras empresas como a Alpargatas e o Itaú-Unibanco. Além da Itaúsa, que administra grandes marcas nacionais e participa do capital social, outra holding conhecida é a J&F.
Essa companhia controla diversas subsidiárias – como a JBS, PicPay, Eldorado Brasil, Canal Rural, Banco Original e muitas outras marcas.
A holding também tem o papel de organizar a estrutura de capital das subsidiárias e manter boa relação com outras empresas no intuito de melhorar o relacionamento.
As empresas holding podem ser classificadas de diferentes maneiras devido a algumas particularidades. Confira quais são os principais tipos:
Holding pura participa apenas do capital social das empresas subsidiárias e exerce o controle sobre elas. Não realiza outras atividades econômicas.
Holding mista participa do capital das outras empresas sob seu comando e também exerce atividade econômica possuindo duas fontes de receita: os dividendos das subsidiárias e o lucro das atividades paralelas.
Holding patrimonial foca em administrar o patrimônio de bens próprios e incorporá-los ao capital da empresa.
Holding administrativa oferece uma administração eficiente das empresas subsidiárias.
Holding de participação tem como principal objetivo se tornar sócia minoritária de várias outras empresas.
Holding familiar se propõe a administrar outras empresas que pertencem a mesma família.
Assim como a holding outro modelo que vem se destacando atualmente é a fusão.
Muitos negócios com pretensões de crescimento mas medo de mudanças veem essa alternativa como a ideal para suas ambições. A prática é muito vantajosa para startups e pequenas empresas.
Fusão de empresas é uma operação jurídica que une duas ou mais empresas para dar origem a uma nova organização. Nesse processo, as pessoas jurídicas deixam de existir individualmente e formam uma única sociedade, que concentra todo o patrimônio, direitos e obrigações envolvidas.
É um processo complexo que envolve algumas burocracias mas pode trazer muitos benefícios para a organização como expansão de mercado, aumento da base de clientes e crescimento no segmento e competitividade.
Com o processo de fusão, a nova sociedade alcança vários mercados e públicos diferentes expandindo a possibilidade de novos negócios.
Aumento da visibilidade da marca, aumento das receitas, redução de custos, melhores condições de atuação, diminuição de riscos de mercado também são algumas das vantagens da adesão do modelo.
O processo de fusão também pode trazer alguns desafios como unificação dos processos, transformação de cultura organizacional, manter a produtividade e manter a força da marca.
Outra tendência de negócios que vem tomando notoriedade atualmente são as S.A. Popularmente conhecida pela sigla, a Sociedade Anônima, de natureza jurídica, é identificada pela divisão de ações.
Isso significa que, a participação e responsabilidade de cada sócio serão determinadas pela quantidade de ações que ele possui na empresa.
No início, uma Sociedade Anônima possui um alto investimento inicial, com grandes expectativas de crescimento.
Sua formação é composta por uma assembleia geral, que fica responsável pelas tomadas de decisões da empresa. A diretoria deve ter pelo menos dois diretores e é o órgão que administra a empresa e representa seus interesses.
O conselho de administração, formado por três membros eleitos da Assembleia Geral, aconselha a diretoria e o conselho fiscal cuida da prestação de contas e demonstrações financeiras da empresa.
No Brasil, a S.A se popularizou no esporte através da SAF. A Sociedade Anônima do Futebol, regulamentada por lei em 2021 e que dá a clubes de futebol o direito de saírem da associação civil sem fins lucrativos para o modelo empresarial.
Para adquirir o modelo, é possível vender uma parte majoritária, minoritária ou todo o seu capital para um novo proprietário.
Os primeiros casos com grande repercussão foram dos times Botafogo, Vasco e Cruzeiro, com, respectivamente, os compradores: Eagle Holding, do empresário John Textor, o grupo 777 Partners e Ronaldo Fenômeno.
No futebol, a gestão aparenta semelhança com a de um governo. Os sócios elegem os representantes para o Conselho Deliberativo, que seria o Legislativo, e para diretoria que está como o Executivo.
Já no caso de uma SAF, o proprietário tem poder de decisão de forma definitiva.
Quem compra parte ou todo um clube dentro desse modelo só deixará o negócio no dia em que vender a sua participação sobre a empresa para outra pessoa, organização ou fundo.
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