Igualdade salarial entre os gêneros é importante pilar ESG
empresas que procuram implementar políticas de igualdade de gênero vem conquistando mais espaço no mercado.
Nos últimos anos, a sigla ESG (Environmental, Social and Governance), ou em português, práticas Ambientais, Sociais e de Governança se tornou uma vertente forte para a transformação cultural da empresa.
E inclui mudanças nos protocolos de atuação e até mesmo na forma de contato entre os colaboradores. Essas ações buscam alinhar efetividade, ética e bem-estar social de maneira contínua e expansiva.
Entre os três pilares do ESG, o “S“, que representa o Social, carrega enorme importância, abrangendo questões de diversidade, equidade e inclusão.
Dentro dessa letra estão as ações que buscam um desenvolvimento no qual se concentra a equidade salarial de gênero, visando reduzir a diferença entre homens e mulheres, algo pertinente para sociedade.
Segundo a Lei nº 14611/2323, a equidade salarial de gênero, representa um passo importante equilibrar a força de trabalho de maneira mais justa e reforçar o aspecto social dos princípios ESG.
A lei estabelece que mulheres e homens devem receber salários iguais por trabalho de valor igual ou pela mesma função, estabelecendo assim a base para erradicar a desigualdade baseadas no gênero.
Essa iniciativa não apenas enfatiza o “S” em ESG, mas também se alinha com os objetivos mais amplos de responsabilidade social e práticas empresariais éticas.
A nova legislação quer trazer mais transparência nas estruturas salariais e critérios de remuneração, onde as organizações com um quadro de funcionários que ultrapasse um determinado limite, serão obrigadas a publicar relatórios semestrais detalhando a transparência salarial e práticas de remuneração.
Assim, será mais fácil de acompanhar os pontos focais que impedem o avanço da igualdade salarial entre os gêneros. Esses relatórios, serão divulgados de maneira anônima afim de garantir a privacidade dos dados
A lei será tratada como uma nova abordagem para corrigir as disparidades salariais. Um outro ponto interessante da nova legislação, é a implementação de planos de ação para abordar as diferenças salariais de gênero.
O que alinha os requisitos do artigo 461 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) , pois incentiva ações concretas para eliminar as desigualdades salariais de gênero dentro do ambiente empresarial.
A lei traz consigo uma abordagem da ESG com diversos exemplos práticos que ilustram como as empresas podem adotar medidas concretas para promover a equidade de gênero e a responsabilidade social.
O Grupo Insigne separou alguns tópicos interessantes e que podem ajudar nesse debate, veja alguns:
- Transparência salarial e relatórios sobre igualdade salarial: empresas com mais de 100 pessoas podem implementar os requisitos da lei, entre eles, a publicação de relatórios semestrais que detalham as diferenças salariais de gênero. Os documentos serão anônimos e abordarão salários, remunerações e proporção de ocupação de cargos de liderança por gênero.
- Planos de ação para mitigação de desigualdades: Segundo a lei, em um cenário onde as desigualdades não são identificadas, é preciso que as empresas elaborem planos de ação para corrigir essas disparidades. Podendo ser a inclusão de metas e prazos claros para alcançar a equidade salarial. É necessário que os sindicatos e outros representantes dos funcionários façam parte dessa movimentação.
- Programas de diversidade e inclusão: As empresas estão livres para implementarem programas de diversidade e inclusão, abrangindo para capacitação de gestores, lideranças e funcionários sobre a importância da equidade de gênero. I;
- Canais de denúncia e proteção de denunciantes: Um dos principais pontos de exigência da lei é a exigência de que empresas disponibilizem canais específicos para denúncias de discriminação salarial. Além disso, proteger os denunciantes é fundamental para garantir que as preocupações sejam tratadas adequadamente, por isso, as denúncias são feitas de maneira anônima.
- Educação e Capacitação Contínua: A lei recomenda que seja criado um plano de capacitação e formação de mulheres para ingressar, permanecer e progredir no mercado de trabalho em igualdade de condições. E cabe as empresas conceder oportunidades de desenvolvimento profissional, treinamento e mentoria voltados para as mulheres.
- Divulgação de indicadores ESG e desigualdades: É preciso que haja uma divulgação de indicadores sobre mercado de trabalho e renda desagregados por gênero. Isso pode ser incorporado ao relatório de sustentabilidade da empresa, como um item que demonstra o compromisso da empresa a igualdade de gênero.
A aplicação dessa lei no contexto do ESG vai além da simples conformidade legal. O objetivo principal dela é oferecer oportunidades para as empresas garantirem um compromisso com a igualdade de oportunidade para as mulheres.
Um verdadeiro compromisso da marca com a responsabilidade social e o combate a diversos tipos de desigualdade.
Haverá uma adoção e implementação da lei de equidade salarial de gênero, como parte das práticas de ESG e pode trazer uma série de benefícios significativos para as empresas.
Além do cumprimento da legislação, os impactos podem ser observados tanto no desempenho financeiro quanto na reputação da empresa.
É um consenso que empresas que demonstram um compromisso verdadeiro na luta da equidade salarial de gênero e na responsabilidade social do tema conseguem fortalecer a marca.
Com a mentalidade mais exigente por parte dos clientes, investidores e até mesmo colaboradores, é necessário que as empresas se posicionem a favor dessas mudanças.
A promoção da igualdade de gênero e da diversidade contribui para uma cultura organizacional mais inclusiva e respeitosa, e também conta como ‘pontos a favor’ dentro de uma política de fidelização de talentos.
Empresas bem posicionadas, com compromissos firmados em políticas de ESG, tendem a fortalecer a marca e se tornarem mais visíveis para o mercado.
Essa diversidade faz com que os times tendem a trazer uma variedade de experiências e perspectivas para a mesa. Isso, por sua vez, pode levar a uma maior inovação e criatividade, já que diferentes vozes são ouvidas e valorizadas.
Essas práticas de ESG, quando adotadas, muitas das vezes fazem a marca se destacar em um mercado cada vez mais consciente e socialmente responsáve, gerando uma vantagem competitiva à medida que os consumidores e investidores buscam valores alinhados com os seus.
Outros temas acerca da diversidade e a importância da igualdade de gênero, você pode acompanhar no blog do Grupo Insigne. Faça parte da nossa lista de transmissão e tenha acessa a muitos outros conteúdos.