Taxação de compras online internacionais preocupa empreendedor
mudança em postura da receita federal pretende combater mal uso da isenção tributária em produtos importados por marketplaces no brasil
O Governo Federal anunciou na última semana que a isenção de imposto em compras de produtos importados deixará de existir através de uma medida provisória que ainda não foi publicada. Essa não taxação é destinada para compras realizadas por pessoas físicas no valor de até 50 dólares.
Em nota, o próprio Ministério da Fazenda declarou que não haverá criação de um novo tributo e que a isenção deixará de existir como um meio de combate a evasão fiscal. “Nada muda para o comprador e para o vendedor on-line que atua na legalidade”, pontuou o comunicado.
A medida teve uma ampla rejeição dos consumidores e empreendedores que utilizam plataformas estrangeiras como as gigantes do marketplace Shein, Shopee e Aliexpress. Na prática, estima-se que os produtos vendidos nesses sites fiquem mais caros.
A atitude do Governo atende um pedido das gigantes do varejo brasileiro que alegam competição desleal com as empresas asiáticas. A mudança na taxação se tornou um dos pontos de discussão dentro do Ministério da Fazenda nas últimas semanas.
Medida provisória das ‘brusinhas’
Segundo o UOL, a medida provisória batizada de ‘MP das Brusinhas’ vai trazer duas mudanças cruciais na vida do marketplace brasileiro: A obrigatoriedade das declarações completas e antecipadas de importação, e o fim da distinção entre produtos comprados por pessoa física e jurídica.
As mudanças serão colocadas em prática pela Receita Federal, que aguarda apenas a publicação da MP para começar a atuar na fiscalização. Os Correios e outras empresas de entregas precisarão prestar informações sobre os produtos entregues.
Segundo Robinson Barreirinhas, secretário da Receita Federal do Brasil, a legislação atual não deu conta dos quase 170 milhões de encomendas entregues no país apenas em 2022 e estima que o número chegará em 200 milhões até o fim de 2023.
O Ministério da Fazenda planeja arrecadar quase 8 bilhões de reais com o fim da isenção no imposto. Barreirinhas concluiu afirmando que as empresas poderão ser multadas em 50% do valor da mercadoria caso a remessa seja declarada com subfaturamento ou dados incompletos/incorretos.
Os principais informes sobre o mercado brasileiro e as notícias mais relevantes do mundo financeiro estão disponíveis no blog do Grupo Insigne. Se inscreva na nossa Newsletter e tenha todos esses conteúdos disponíveis